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Níveis distintos. Portes distintos. Administrações distintas. Problemas semelhantes. O Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes é  administrado pelo Governo do Estado do Ceará e coincidentemente está localizado no bairro Messejana. O Hospital do Coração de Messejana, como é popularmente conhecido, foi inaugurado em 1933 com a proposta de tratar pessoas com tuberculose e posteriormente pacientes com problemas cardíacos. Embora a unidade tenha em 2014 alcançado a posição de 3º maior transplantador de coração do Norte e Nordeste, os problemas encontrados em seus corredores demonstram outra realidade.

 

Em busca de atendimento para seu pai Manuel Alexandre dos Santos, Dona Francisca Peixoto (51) chegou ao Hospital do Coração de Messejana após passar por atendimento desastroso no Frotinha de Messejana, mas não imaginava que passaria por situação semelhante. “Levamos por conta própria para o hospital do coração, lá ele passou 3 dias esperando sentado em uma cadeira de espera. Ficou tomando medição esperando um leito”. Francisca relata que há bastante médicos na unidade e que “são educados” mas que foi preciso até comprar material para o pai enquanto ele esteve internado. “Para tomar um aerossol você tem que comprar a máscara, nós compramos até remédios e pomadas”, contou.

 

Manuel na cadeira do hospital do coração

Francisca lembra o longo sofrimento do pai, e demonstra sua indignação com os momentos finais nada tranquilos que vivenciaram. “Meu pai tinha câncer e ele lutou muito desde 2005… Nós pobres já começamos fracassados, vamos de um hospital para o outro, marcamos consulta mas não somos atendidos. Se ele tivesse um acompanhamento não teria ido agora. Não queria outra coisa do governante, queria que a saúde melhorasse. Se você for olhar, essa prioridade que todo mundo diz que tem, na prática, não existe”.

O desabafo de dona Francisca 
Relato de Dona Francisca - Áudio de entrevista
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De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Messejana, de janeiro a abril de 2019 foram realizados 42.994 atendimentos apenas na emergência. O Hospital, além de receber pacientes residentes em Fortaleza, também recebe um contingente de pessoas vindas de cidades da Região Metropolitana e adjacências. Por mês, a unidade atende em média 10 mil pacientes na área de emergência, porém dispõe apenas de 191 leitos nessa mesma categoria.

Em nossa visita ao Hospital, descobrimos que dona Francisca não está sozinha, há idosos que assim como seu pai, sofrem a espera do tão sonhado conforto. 

Registros da câmera escondida 

De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Messejana, de janeiro a abril de 2019 foram realizados 42.994 atendimentos apenas na emergência. O Hospital, além de receber pacientes residentes em Fortaleza, também recebe um contingente de pessoas vindas de cidades da Região Metropolitana e adjacências. Por mês, a unidade atende em média 10 mil pacientes na área de emergência, porém dispõe apenas de 191 leitos nessa mesma categoria.

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Relatos indignados

Não é difícil após uma simples busca na internet encontrar relatos antigos ou até mesmo recentes de pessoas indignadas com o atendimento recebido em hospitais públicos de Fortaleza, mais precisamente os dois que são citados nessa reportagem. Falta de material, longas esperas por atendimento, problemas estruturais. Essas dificuldades são enfrentadas diariamente por fortalezenses e brasileiros em geral que dependem do serviço público. Os desafios da saúde no Brasil são complexos e não tem previsão de abrandarem. 

Hospitais de Fortaleza - Hospital do Coração

Procuramos as assessorias de comunicação de ambos os hospitais em busca de um posicionamento, mas até a matéria ser publicada não obtivemos resposta.

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