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Imagine um número em torno de 300.500 leitos ofertados nos hospitais públicos de todo o país. Esse é o número aproximado de leitos disponibilizados pelos SUS, de acordo com o Conselho Federal de Medicina. Achou muito? Pois não é. O ideal é que para cada mil habitantes exista entre 2,5 e 3 leitos. No Brasil, são 2,1 leitos para cada mil habitantes.

 

Agora imagine um número em torno de 5000 leitos ofertados nos hospitais públicos de Fortaleza. Esse é o número aproximado de leitos disponibilizados no SUS para os mais de 2 milhões de habitantes da capital. Os mais afetados por esse déficit é a população mais vulnerável que mais utiliza do Sistema Único de Saúde. Além disso os Hospitais de pequeno e médio porte também são seriamente afetados pela crise econômica, um efeito dominó que acarreta o desemprego, aumentando a procura pelo SUS.

Idoso aguardando atendimento no Frotinha
O Frotinha 

O Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira ou Frotinha de Messejana, onde vimos a história da dona Fransquinha se desenrolar, é um hospital de nível intermediário, com mais de 30 anos de funcionamento. A unidade passou por uma reforma em 2017, mas ao adentrar no local não se constata essas mudanças, prova disso foi a falta de energia de mais de uma semana pela qual o Hospital passou no final do ano de 2018. O diretor executivo da unidade, Dr. Marcelo de Vasconcelos Castro, informou que desde o início do ano de 2019 até o mês de março, o hospital realizou um número de 397 atendimentos. Por mês o Frotinha atende também na emergência em torno de 6 mil pacientes e possui 71 leitos.

Registros da câmera escondida 

Na entrada, onde os pacientes ficam a espera de atendimento, todos os sentidos conseguem apreender a precariedade da estrutura do local. Na área de espera as cadeiras quebradas são os problemas mais leves, competindo com elas estão portas de banheiros imundos igualmente quebradas, oxidação de estruturas de ferro e a sensação de insalubridade que sufoca.

Internada no Frotinha desde o dia 5 de maio, Dona Terezinha de Oliveira da Silva (71) aguarda numa maca no corredor, uma transferência para o Instituto José Frota, o que felizmente foi possível antes de terminarmos a matéria. Conversamos com seu filho, Flávio Oliveira que contou um pouco sobre a experiência que sua mãe teve no hospital.  Dona Terezinha tem problemas de coração crescido e teve também um AVC, chegou a cair no banheiro do hospital e diz que a equipe do hospital não fez nada  para ajudá-la: "... Bateu só o ombro e também a cabeça e eles não fizeram nada só colocaram uma tipoia daquelas descartável", desabafa, Flávio.  Ele nos conta também que a senhora ficou na maca e no corredor desde que chegou no hospital, ele também reclama da falta de atenção da equipe hospitalar, e afirma "só vai vê-la praticamente se chamar é quase como se ela não estivesse lá!!".  A filha e acompanhante de dona Terezinha (Francineide Oliveira)  relata em vídeo a indignação com a situação da mãe:

Relatos indignados 

Após uma pesquisa na internet vimos que o problema se espalha em uma escala ainda maior da qual imaginamos. São várias as reclamações, apelos e angústias compartilhadas online pelos visitantes desse hospital. Separamos os principais relatos sobre o Frotinha de Messejana que exemplifica que os casos antigos e recentes tem o mesmo apelo em comum: Melhoria na saúde pública. 

Hospitais de Fortaleza - Frotinha

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